A caminhar a caminhar fizemos eu e o Jaime mais um passeio pela linda cidade do Porto. Desta vez entrámos pelas veias mais escondidas desta cidade. Neste momento estou a rever o percurso que fizemos para chegar aos "jardins suspensos do Porto" - Jardim das Virtudes.
Da Igreja de S. Pedro de Miragaia seguimos uma rua onde só existiam muros a delimitar uma rua estreita. De repente surge à nossa frente um arco parecido com a entrada para um jardim das Outras Terras, acompanhado pelo barulho das águas do rio Frio (creio eu, depois de uma pesquisa) a correr. Entra-se por aí e o único caminho leva-nos ao pátio da casa de uma senhora simpaticíssima (dos gatos posso dizer). Ela indicou-nos o caminho para esse tal jardim, chamando-o de Horto.
No início não nos percebíamos muito bem o que tinha esse pequeno relvado com umas árvores amarelas e um banco. Encostámo-nos a um parapeito e ficámos minutos a admirar o Chafariz das Virtudes, observando a moradia da Senhora das Virtudes acompanhada por dois castelos em meio relevo.
Demos uns passos no relvado. A fachada do chafariz escondia atrás de si umas escadinhas que se repetia em todos os patamares, surgindo em posições aleatórias. Afinal os patamares todos que estavam para cima eram acessíveis e só estávamos nos pés.
Parecia um mundo perdido no tempo, entre as ruelas da Cidade Invicta. Escadas aqui, tanques ali, bancos acolá. Senti-me como se fosse uma criança. Queria percorrer aquilo tudo e observar cada pormenor.
Um banco estava debaixo de uma árvore, criando uma imagem perfeita para um local destinado aos namoros. Este escondia umas escadas que o rodeava. Ficámos surpreendidos. Descendo nesta mini-escadaria em caracol, encontrámos o que eu chamo de Trono.

E aqui estou eu sentado nele. Parecia estar protegido por seres feéricos.
Claro que isto foi construído, mas leva-nos a imaginar que isto foi obra de outros seres e que a própria natureza tomou conta destes "jardins suspensos do Porto", das Outras Terras, das Virtudes.
Informação do Jardim das Virtudes