mood: in_an_arena

19.7.08



Estou simplesmente sem palavras! Overwhelmed! Fraquejado! Quase que inundei a cidade do Porto.

Relembrando, não consigo encontrar nestes últimos meses de tensão e (in)decisão onde eu estou no meio disto. Parece que me ausentei por momentos. A minha vida que tenho de viver...

loucura dos matemáticos

"A loucura e a excentricidade faz parte dos matemáticos!"

"Já que temos a fama disso, ao menos damos algum proveito!"

16.7.08

quarterlife crisis

"A vida não se mede pelas vezes que respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego."

14.7.08

jardins suspensos

A caminhar a caminhar fizemos eu e o Jaime mais um passeio pela linda cidade do Porto. Desta vez entrámos pelas veias mais escondidas desta cidade. Neste momento estou a rever o percurso que fizemos para chegar aos "jardins suspensos do Porto" - Jardim das Virtudes.

Da Igreja de S. Pedro de Miragaia seguimos uma rua onde só existiam muros a delimitar uma rua estreita. De repente surge à nossa frente um arco parecido com a entrada para um jardim das Outras Terras, acompanhado pelo barulho das águas do rio Frio (creio eu, depois de uma pesquisa) a correr. Entra-se por aí e o único caminho leva-nos ao pátio da casa de uma senhora simpaticíssima (dos gatos posso dizer). Ela indicou-nos o caminho para esse tal jardim, chamando-o de Horto.

No início não nos percebíamos muito bem o que tinha esse pequeno relvado com umas árvores amarelas e um banco. Encostámo-nos a um parapeito e ficámos minutos a admirar o Chafariz das Virtudes, observando a moradia da Senhora das Virtudes acompanhada por dois castelos em meio relevo.

Demos uns passos no relvado. A fachada do chafariz escondia atrás de si umas escadinhas que se repetia em todos os patamares, surgindo em posições aleatórias. Afinal os patamares todos que estavam para cima eram acessíveis e só estávamos nos pés.

Parecia um mundo perdido no tempo, entre as ruelas da Cidade Invicta. Escadas aqui, tanques ali, bancos acolá. Senti-me como se fosse uma criança. Queria percorrer aquilo tudo e observar cada pormenor.

Um banco estava debaixo de uma árvore, criando uma imagem perfeita para um local destinado aos namoros. Este escondia umas escadas que o rodeava. Ficámos surpreendidos. Descendo nesta mini-escadaria em caracol, encontrámos o que eu chamo de Trono.



E aqui estou eu sentado nele. Parecia estar protegido por seres feéricos.

Claro que isto foi construído, mas leva-nos a imaginar que isto foi obra de outros seres e que a própria natureza tomou conta destes "jardins suspensos do Porto", das Outras Terras, das Virtudes.

Informação do Jardim das Virtudes

8.7.08

26 Kg

Comecei as minhas arrumações. Tirei a mala grande e enchi-o com coisas de que preciso. Nem se quer está cheio e já atingiu uns grandes 26 quilos! Já está um pouco para o obeso. Vou já sair para ver qual é o limite de peso que posso levar...

(Actualização) Nunca pesei os livros que tinha na estante. Mas quando fiz as contas... são 70 quilos de livros, mais pesado do que eu!

Sei que, no meio dos arrumos, o elfo esteve de trás da estante a olhar para mim.

7.7.08

festival?!

Um dia, perto da Casa da Música, vi um cartaz do Festival da Gastronomia do Porto e lá estava "Posta Mirandesa" para este fim de semana. Como a Laura M. veio ao Porto e também sabia disso, eu ela e a Dora fomos para lá. Primeiro, fomos de taxi e o taxista nem sabia onde era a entrada, levando-nos ao parque de estacionamento. Depois, ao entrarmos, reagimos em uníssono "Isto é um festival?!" Era uma pobre tenda com banquinhos de piquenique soltos do chão onde se comprava senha primeiro e só depois os empregados serviam à mesa. Apesar disso tudo e mais algumas coisas que aconteceram, as postas estavam boas! Foi a minha primeira posta!

6.7.08

comichão

É tão estranho quando tentamos decidir por algo que vai mudar o resto e de repente sentir uma comichão de uma dentada do bichinho daquilo que pretendemos pôr de lado. "Será que ainda posso reconciliar isto?" Esta é uma pergunta que nos (neste caso, me) come a cabeça toda. Vira e revira. O elfo reapareceu dos arbustos que rodeiam a mansão. Mas vou estar atento.

4.7.08

abortado

Relembrando que dias atrás escrevi um parágrafo chamado "abordado", ao jantar foi uma diversão. A Daniela (ex-vizinha) pensou em "fui abortado" quando lhe disse que "fui abordado"! Esta rapariga tem um estilo de escritora, daquelas criativas, claro. Pessoas divertidas, criativas e se calhar um pouco "malucas" (no bom sentido) são inspiradoras (e inspiradas, claro!). De facto deu muito bem para descontrair, relaxar, depois de um dia relativamente stressante.

Falando nisso, descobri que era possível ficar chateado com uma situação em vez de ser com alguém.

sim sr. dr.

Dois tratamentos completamente diferentes. Sinceramente, fico feliz por ouvir alguém a tratar-me por Sr. Dr., relembrando-me o percurso que tive até hoje. Mas incomoda-me de certo modo. "O Sr. Dr. pode entregar estes documentos depois, já que o Sr. Dr. foi aluno da FCUP." Isto sucedeu no gabinete de pós-graduação. Quando ouvi isto, ausentei-me por segundos "Sr. Dr.?!" Título deve ser uma coisa que se demora a habituar.

Relembro-me de um dia, na Mostra da UP, um rapaz disse aos pais: "Este senhor sabe resolver isto!" "!!!!!Senhor?!" pensei, "Não tenho idade ainda para isso. Sou muito jovem." Pedi-lhe então para me tratar por tu.

3.7.08

abordado

Ontem estávamos eu e o Paulo na rua do Campo Alegre a conversarmos e a dirigirmo-nos ao Pálacio de Cristal. Chega de repente um homem com um cheiro a suor, uma tshirt manchada, e estende-me a mão dizendo: "Olá! Eu conheço-te!" Olhei para a mão que parecia a de um drogado e recuei... "Conheço-te! Tens medo de mim? Eu não como ninguém! Queria só pedir umas moedas!" Continuei recuado. Felizmente o Paulo mandou-lhe embora e continuámos a caminhada. Aquele velho truque de não responder porque podem sempre pensar que não entendemos uma vogal do que dizem pode funcionar... Mas nem sempre.

1.7.08

baile infindável

Depois de ter desfeito alguns "nós", acho que já estou a ver a questão "o que vai ser de mim daqui em frente" a clarificar. Esta história toda pareceu uma cena que tinha lido no livro Jonathan Strange e Sr. Norrell: entrei numa mansão onde decorria um baile em que toda a gente parecia lindíssima, cada um com a sua máscara. Comecei a dançar com uma dançarina, depois mudei para outra, depois outra... Isto a durar horas e horas, dias, semanas, meses... O baile nunca mais acabava. Estavam todos exaustos. Parecia que atrás de algum pilar nesta casa onde ninguém sabia para onde ia estava um elfo a espreitar, a murmurar, para que nunca paremos. Desta vez, tenho a sensação de o ter apanhado e o baile deve terminar de vez!